sábado, 9 de outubro de 2010

Aborto e Desenvolvimento Sustentável

Polêmica pouca é bobagem. Ter filhos sem ter condições emocionais ou financeiras de sustentá-los significa bem mais do que "não pecar". Por que aconteceu a gravidez  nessas condições? Ignorância? Desejo de status? Motivo financeiro? Vingança? Estupro? Imposição? Acidente?
O aborto deve ser avaliado num contexto macro que envolve, além de religião, os impactos gerados:
- na saúde da mulher;
- nos aspectos sociais ligados a status, principalmente nas comunidades mais pobres; 
- na curva ascendente do crescimento de população que vive à margem da sociedade com poder de consumo, gerando impacto crescente nos serviços públicos de toda ordem;
- no meio ambiente, cada vez mais desgastado pelos maus tratos que sofre não só pela existência humana, como pelo uso descartável que dele é feito; 
- nos aspectos financeiros ligados às bolsas governamentais, e
- também nos aspectos psicológicos e emocionais relacionados com os níveis de dependência e cobrança sobre o pai, decorrentes do sustento da prole. 
É muito mais importante evitar a gravidez do que ficar debatendo sobre o aborto.
A fuga do assunto da não gravidez é a que deve estar no Centro das Discussões. Mas sobre isso não interessa ao sistema debater. Como manter o capitalismo desenfreadamente consumidor e lucrativo se não for às custas do trabalho escravo e do subemprego? Como não conduzir eleições sem o oferecimento de esmolas? Só conservando a ignorância como valor, a péssima educação como mérito e o autoritarismo como poder. Isso é manobra de sequestro da dignidade humana mediante resgate pelo voto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui as suas percepções ou ideias!